quinta-feira, 10 de julho de 2008

Mama Cadela Por Geraldo Santos



Brosimum gaudichaudii Trécul., Mamacadela, Moraceae.

Árvore ou arbusto de pequeno porte, espécie decídua, copa irregular com ramos tortuosos e lactescentes; folhas simples, alternas, oblongas ou elípticas, coriaceas com pecíolo - curto, face inferior aveludada, nervuras principais impressas na face superior e saliente na face inferior; frutificação de Julho a Dezembro, com frutos comestíveis adocicados, com textura da pele da cidra, cor de laranja, alcançando 3 a 4 cm de diâmetro; utilizados como ‘chiclete’ ou goma de mascar pelas populações locais, e na forma de sorvete e doces. A planta é também utilizada no tratamento de bronquites, gripes, má-circulação do sangue e a raiz utilizada no tratamento do vitiligo. O nome popular refere-se aos frutos pendurados nos galhos que faz lembrar as tetas caninas.
Ref. Bibliog: Silva Junior, Manoel Cláudio. 100 Árvores do Cerrado: Guia de Campo. Brasília, Ed. Rede de Sementes do Cerrado, 2005. 278p ilust.
foto no Jardim Botânico de Brasília.


Consideraçãos Cachimbisticas

Detalhe da casca e entrecasca da mama-cadela, partes mais utilizadas na medicina popular e por nós cachimbeiros, sendo a casca e a raiz que fica por baixo da terra, o ideal para a queima em nossos cachimbos.

Quanto ao blend com mama cadela, leva-se em conta o segredo de cada um, a experiência, o gosto, a quantidade, o tipo de tabaco a ser usado com as raízes, o corte, etc. tenho usado sempre os tabacos neutros cortado em tiras extremamente finas e longas, excelentes para as misturas. Encontra-se a mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), também conhecida por mamica-de-cadela, algodão-do-campo, amoreira-do-campo, mururerana, apé, conduru, inhoré (no Ceará) em qualquer casa de ervas, chás ou raíz do campo.

Srs, a confraria em BH não fecha definitivamente nada na arte dos cachimbos, tabacos e misturas, não concorre com nenhuma fábrica ou marca, não vende, pelo contrário, compra e prestigia os confrades que já o fazem, não receita nenhuma fórmula como perfeita e única, não aromatiza nenhum tabaco já existente, pois, a própria mama cadela, como tal, remonta à décadas , não cria nenhum aroma e diz que é novo, não tem em absoluto essa vaidade, apenas sugere mais uma opção de mistura, pois tudo é pessoal, íntimo e o que vale mesmo é degustar o seu cachimbo, seja ele qual for e sonhar. Contra todos os pré-conceitos existentes, temos sempre o lema da nossa bandeira , “LIBERTAS QUAE SERA TAMEM”., mesmo na arte de CACHIMBAR!

Por: Geraldo Santos

4 comentários:

Anônimo disse...

Fantastico esse artigo do Confrade Geraldo Santos!

Realmente a mama cadela faz uma mistura maravilhosa com as MI'S

Um Grande Abraço e Inté :-)

Confrades da Estrada disse...

Como sempre o Confrade Geraldo dá um verdadeiro show de conhecimento técnico.Tanto do ponto de vista do seu notório saber sobre a arte do cachimbar como também sobre as belas espécimes do cerrado mineiro.
Concordo com ele sobre a individualidade do 'saborear um cachimbo." Cada um tem seu gosto próprio e não podemos criticar ou desmerecer o gosto do companheiro.
Pior do que criticar é ver que quem o faz se escuda em um pretenso conhecimento, que na realidade não passa de uma vontade de "falar pelos cotovelos".
Flávio Henrique......
membro da Confraria de Belo Horizonte....( com muito orgulho)

Nuno Lima Melo Filho disse...

Confrades do cAc-BH,

Mais uma vez parabenizo o artigo do confrade Geraldo. Sou da opniao que devemos ter discernirmento e bom senso quando a discurssao envolve a individualidade.Alguns idolatram os famosos e renomados MI,tabacos ingleses etc, outros nao largam seus blends nacionais que apreciam a anos. O importante e termos a liberdade de experimentar e escolher o que for do nosso gosto.

Abraços a todos,
Guilherme Mendes

Anônimo disse...

adorei o artigo, gostaria de saber onde adquirir o cha ou mesmo comprimidos da mama cadela, estou em belo horizonte, e preciso de um fornecedor sério deste produto... se tem cremes,,, minha mãe esta com vitiligo... muito obrigada